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Pessoalmente, gosto bastante de ditados e um dos mais citados é aquele que diz que “dinheiro não traz felicidade”. Será?

Nessas andanças por #famíliasempresárias, um dos temas mais sensíveis, controversos e necessários de se trabalhar é o acesso a #dinheiro. Há algumas possibilidades de se concretizar esse acesso, mas isso é assunto para outra conversa.

Aqui, pretendo explorar um pouco os problemas. E temos de toda ordem: pais que ainda gostam de manter os filhos já adultos com mesadas, pais que criam todas as dificuldades que tiveram quando começaram para os filhos (mesmo já estando milionários), pais que, ao contrário, proporcionam vidas de reis aos filhos, sem exigir nada em troca, filhos que chantageiam os pais, irmãos que passam a perna uns nos outros, dentre diversas opções.

O centro dos conflitos nestes casos é normalmente o acesso ao dinheiro da família. E, uma das causas dos problemas é um desequilíbrio até mesmo angustiante da forma deste acesso.

Geralmente, encontramos o perfil do #empresário que já passou por tantas dificuldades em sua vida pessoal e empresarial, que simplesmente não consegue distribuir lucros, mesmo que seu negócio esteja gerando muito resultado a cada ano e já tenha provisionamento suficiente para vários anos.

Muitas vezes, esse empresário leva uma vida muito mais modesta do que precisaria e deveria, por conta do medo de “sangrar” a empresa. Ou seja, é o famoso caso da “empresa rica e empresário pobre”, que só consegue ser menos pior do que o caso da “empresa pobre e empresário rico”.

Deixar todo o dinheiro concentrado na empresa e não proporcionar um acesso equilibrado à família a este dinheiro, pode ter repercussões nefastas que vão desde os seríssimos #conflitos que relatamos acima, até mesmo ver toda a #fortuna conquistada sendo pulverizada e o sustento da qualidade de vida da família ameaçado, por conta de mudanças do setor do negócio que podem levar a #empresafamiliar à #falência.

Por isso, destaca-se a importância de um #planejamentopatrimonial e sucessório bem feitos. Estes podem significar atitudes preventivas a problemas de natureza mercadológica ou relacional futuras.

Compreender as expectativas e inseguranças de cada membro da família empresária e avaliar a dinâmica dos relacionamentos dentro da unidade familiar são passos fundamentais para promover uma distribuição inteligente dos ativos conquistados. Sejam eles operações, imóveis e recursos financeiros. É crucial estabelecer regras claras para o acesso aos lucros e para o envolvimento dos membros da família nos negócios.

Além dos fundadores, que são os verdadeiros proprietários, quaisquer outras pessoas só deveriam poder trabalhar na empresa familiar se quisessem e se fossem competentes para tanto e não apenas por ser parente do dono. E, quem conseguisse passar por esse crivo, deveria receber uma remuneração adequada, igual àquela paga pelo mercado a qualquer profissional similar, por seu trabalho.

Diversamente, num processo de planejamento patrimonial e sucessório, poderiam ter acesso aos #lucros, de acordo com as regras combinadas e consignadas num acordo de sócios, tendo como base seu #capitalsocial e levando-se em consideração o poder de comando e poder financeiro dos #fundadores.

Os #sucessores, assim, teriam previsibilidade e clareza do dinheiro ao qual teriam direito e, com isso, poderiam se programar para montar os próprios negócios ou constituir o próprio #patrimônio e, ainda, promover seus gastos e estabelecer sua #qualidadedevida com a própria família, sem dependência, de forma altiva.

Muitas vezes, os próprios sócios fundadores deveriam pensar em rendas alternativas àquela que a empresa paga, como fator de #diversificação e, portanto, segurança. Não são raras as vezes em que encontramos, repetimos, empresas completamente ricas e cheias de #liquidez, mas sócios sem dinheiro pessoal para nada, usando caixa da empresa até para comprar seu carro e fazer sua casa; o que não é adequado.

Entender a estrutura dos #fundosexclusivos, de #aplicaçõesfinanceiras fora do Brasil, de estruturas financeiras que gerem mais dinheiro para a família, é muito importante para esta segurança.

Nunca soube responder se “dinheiro traz ou não felicidade”. Certamente, viver em função de dinheiro, não. Mas, recentemente, aprendi em um livro, que dinheiro proporciona liberdade de escolha e esta sim, “liberdade de escolha traz felicidade”.

Como você está manejando seu patrimônio e seu dinheiro? Pense nisso…

Ronaldo Behrens

Sócio ABC / PHD. PXLeader