Skip to main content

Esta parece ser uma frase de efeito, tirada de um livro de autoajuda; mas que tem um valor inestimável para as #famíliasempresárias. Vamos explorar o porquê ao longo deste texto.

Nestes dias mesmo, estava conversando com um fundador de um negócio rural, cujo patrimônio já beira o #bilhão. Falávamos de como temos vários exemplos no Brasil, como o dele próprio, no qual uma pessoa sai “do nada” e, sem muitas vezes perceber, coleciona um patrimônio deste valor.

A base sempre é um trabalho árduo, uma capacidade ímpar de #empreendedorismo e uma visão de #futuro de fazer inveja a qualquer analista de mercado, que fica em uma sala no topo de um prédio comercial de alto luxo.

Contudo, o maior desafio desse fundador empreendedor não é gerenciar seus empregados, que só aumentam em quantidade e complexidade ao longo dos anos e crescimento dos negócios.

O que fará diferença, inclusive para os próprios #colaboradores, será como este pai liderou sua própria família e, principalmente, seu processo de #sucessão.

Em que pese defendermos sempre que sucessão não é substituição, ou seja um fundador deve se afastar dos negócios somente quando quiser. É fato que um dia este momento virá, já que somos todos finitos.

Mas, caso o #fundador queira se afastar antes de sua morte, ou se pretender diversificar seus negócios, incentivando que suas próximas #gerações estejam à frente dos mesmos, ou se tem uma família complexa (casamentos distintos ao longo do tempo, conflito entre gerações ou entre irmãos, conflito entre seus netos, doenças ou divórcios, dentre outras possibilidades), ele deve, como todo líder, antecipar os problemas e liderar o processo de solução.

Como fazer isso?

Em primeiro lugar, conhecendo suas próprias limitações, seja porque está envolvido, já que o assunto é sua família, seja porque seu conhecimento e experiência são com a operação e não com conceitos como #governança e #planejamento.

Repito: é quase uma obrigação de um bom líder, antever estas questões e endereçar a resolução, como dissemos!

Penso aqui em uma família com a qual trabalhei e cujo fundador tinha, por princípio, evitar #conflito a todo custo. Assim, ele flexibilizava suas decisões para os filhos e esposa, a fim de evitar reclamações. Com o tempo, todos aprenderam que armas utilizar para conseguir o que queriam com o “dono do negócio e do dinheiro”, além do pai: bastava ameaçar aprontar uma confusão ou brigar, que ele cedia aos pedidos.

Obviamente, este fundador ficou completamente refém da situação e das pessoas! Pior é que, um dia, ele se viu diante de uma decisão que, ou contrariava um filho ou o outro. Portanto, de qualquer lado que ele corresse, haveria briga. Estava muito caótico o ambiente.

Neste momento, fomos chamados e tivemos que ajudá-lo nesta intervenção e fizemos isso trazendo para o grupo as noções de governança, montando um #acordodesócios e colocando “de pé” um #ConselhoConsultivo, com boas pessoas, para retomar as rédeas e o controle, mas agora já em outro estilo de #liderança.

Interessante pensar que casos como este não acontecem somente no Brasil. Recentemente, li um artigo de um grupo de consultores americanos, que falava sobre como um conselho de administração poderia apoiar uma família em conflito (título: Boards and Family Business: What Could Go Wrong? By: David Karofsky, The Family Business Consulting Group – busca feita no site do instituto do qual ABC faz parte: The UHNW Institute).

Em conclusão, o autor traz uma ideia que sempre defendemos por aqui, que é a de que um conselho pode ser uma ferramenta bastante efetiva de apoio ao líder da família, desde que cumpra seu papel (tradução livre):

“Um conselho que não funciona bem, ou é prejudicado pelo proprietário ou preenchido com os tipos errados de membros que não podem fazer seu trabalho. Saber qual é o objetivo do seu conselho e garantir que ele conte com as pessoas certas é fundamental para seu #sucesso – assim como ouvir os conselhos que eles oferecem. Se a dinâmica de sua família é tal que você precisa de ajuda para formar ou montar seu conselho, traga um profissional para orientar o processo, alguém que possa facilitar as conversas necessárias para que todos sigam na direção certa. Isso pode fazer a diferença entre assistir à desintegração de sua empresa ou preservar e fazer crescer o negócio de sua família para a próxima geração.”

De outro lado, um bom #líder sempre irá formar outras boas lideranças. Muitas vezes, no caso das empresas familiares, estamos falando das próximas gerações. Este processo de formação, um planejamento da sucessão com o estabelecimento de regras de acesso ao comando e ao dinheiro, com transparência das informações e respeito com as regras de tomada de decisões, certamente levará ao #crescimentosustentável do negócio de família ao longo dos anos. E um conselho poderá ajudar bastante.

Fica o convite para a reflexão, então: você tem sido um bom líder em seu negócio familiar?

Vamos pensar o futuro

Ronaldo Behrens

Sócio ABC / PHD. PXLeader