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Navegando pela #Netflix, pode-se descobrir esta série, em estilo reality show, baseada em uma empresa de corretores de imóveis de alto luxo em Paris.

Esta empresa é familiar e foi inicialmente formada por marido e mulher; esta, que deixou de ser professora para se dedicar, juntamente com seu marido, a este empreendimento.

Passando o tempo, cada um dos quatro filhos do casal começou a trabalhar na empresa, sob a batuta do pai, que sempre se mostrou bastante rigoroso com a formação de cada filho.

No último episódio, o filho mais novo, de 17 anos, desistiu de fazer Direito para, também ele, entrar na #empresafamiliar que, àquela altura, já tinha decolado, realizando vendas de, por exemplo, EU$ 22 milhões e tendo mandato para venda de imóveis ainda mais caros, tipo EU$ 120 milhões, estando estabelecida em vários países do mundo.

Em que pese a fotografia da série ser espetacular, outro fato chama a atenção: o convívio societário e familiar de uma empresa que funciona, inclusive, na casa dos fundadores (pais).

A fórmula para o fracasso está pronta, pois são quatro filhos homens, num ambiente altamente competitivo e intenso, com um pai exigente e um faturamento crescente. É este o ponto em que um desalinhamento de visões ou atitudes explode no seio de uma família, contaminando as relações e causando a derrocada dos negócios.

Por incrível que possa parecer, não é esse o desfecho da última temporada publicada pela Netflix, quando descobrimos que esta família tipicamente parisiense já vem a mais de 15 anos em férias para o Brasil e são apaixonados por nossas praias do nordeste.

Os pais, já vendo o progresso dos filhos e já tendo todos eles integrados ao negócio, decidem que é hora de “tirar o pé do acelerador” e revelam, no último episódio, que vão se afastar gradativamente dos #negócios, pois compraram uma casa na praia de Pipa (RN).

A despeito do que se poderia imaginar, não se projeta uma disputa entre os filhos pelo poder e todos eles compreenderam, apoiaram e dignificaram a decisão dos pais a partir do momento em que revelam que é a hora deles de trabalharem ainda mais, para garantir a opção de vida dos pais.

Percebe-se claramente que o que mantém a família unida em torno do negócio é exatamente o fato de se perceberem, antes, como #família. Como sempre defendemos, as relações de afeto garantem o progresso e #perenidade das #empresasfamiliares.

Evidentemente, esta família poderia ter se preparado melhor, no que diz respeito aos rituais de #governança e ao processo de #sucessão do comando. Poderiam ter preparado um conselho para que os pais pudessem, mesmo de uma praia brasileira, continuar a participar das #decisõesestratégicas da empresa. Deveriam ter feito um #planejamentopatrimonial mais estruturado do que parece que fizeram, para ficar mais evidente uma #diversificação e fontes de renda a todos.

Contudo, em que pese não terem se ocupado dessa formalização, fizeram o que é mais essencial: vivenciaram e mantiveram os laços familiares e os valores de família transcendendo os negócios.

É o que sempre defendemos: harmonização das relações familiares como pilar da #perpetuidadedos negócios.

Ronaldo Behrens

Sócio ABC / PHD. PXLeader