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Uma das maiores alegrias que temos ao trabalhar com #famíliasempresárias é a de ser testemunhas vivas da introdução de um novo comportamento por parte dessas instituições, que é a declaração de preocupação com os colaboradores e comunidade em geral.

Na verdade, de forma geral, as famílias que construíram #negócios ao longo dos tempos, mesmo que de forma intuitiva, sempre buscaram criar uma organização que acolhesse as pessoas que nela trabalhavam ou que dela dependiam.

Contudo, o faziam de forma pouco organizada, somente em níveis hierárquicos inferiores (assunto relegado ao departamento pessoal, por exemplo) e de forma incipiente ou assistencialista.

Uma nova postura é exigida atualmente e, pelo que podemos ver em nossos clientes, mesmo antes dessa referida “exigência”, a prática já tinha se iniciado de um modo bem organizado e estratégico. Ou seja, o assunto subiu um degrau e passou a ser debatido em conselhos ou principalmente em reunião de sócios.

As razões para isso são várias e não cabe, neste artigo, abordá-las.

O que interessa é salientar que a preocupação com os colaboradores e seus familiares, assim como uma preocupação com a comunidade na qual a família ou a empresa está inserida virou um assunto de importância relativamente grande para as famílias empresárias.

Muitas dessas famílias ganham a noção, a partir de discussões sobre #governança, de que suas decisões e comportamentos podem afetar não somente a #riqueza dos sócios, mas também todo um grupo de pessoas que orbita suas empresas.

Com esta consciência, facilita-se muito as discussões sobre a tão esperada separação dos gastos pessoais com os gastos da empresa, assim como da participação em resultados por meio da #distribuiçãodelucros.

Todo o sistema de #governança passa a ter um significado especial, seja simplesmente buscando mais racionalidade e reflexão sobre as decisões, mas também agregando-se pessoas externas e independentes para compor um conselho, objetivando apoiar a família empresária em seu desenvolvimento e evolução constantes.

Discutir e adotar os rituais para uma boa gestão de riscos e inserir todas estas ideias em um planejamento estratégico bem estruturado, factível e mensurável é outra medida que acompanha este amadurecimento empresarial.

Enfim, a família percebe, com o tempo, que não faz sentido que seus membros permaneçam na condição de reféns da empresa; ao contrário, a empresa deve ser uma força propulsora e garantidora da felicidade da família empresária.

Essa compreensão vem acompanhada da responsabilidade de garantir que o negócio prospere e se perpetue. A responsabilidade vai além de beneficiar apenas os familiares ou sócios envolvidos, é necessário considerar também os colaboradores e suas famílias e, ainda, a comunidade que viabilizou a existência da empresa.

Em um momento em que a dita pauta #ESG surgiu nas manchetes a partir de uma exigência do mercado, é fonte de muito prazer observar que as empresas que se propõem a percorrer a jornada em direção à profissionalização da #gestão e à adoção das #boaspráticas de governança, não têm tido barreiras ou dificuldades de lidar com o tema e têm conseguido equilibrar os interesses da família com os da própria organização.

Num mundo lotado de falsas dicotomias, qualquer manifestação de harmonia deve ser celebrada!  

Ronaldo Behrens

Sócio ABC / PHD. PXLeader