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Isto é o que se pode observar em uma importante pesquisa feita pela Fundação Dom Cabral (https://www.fdc.org.br/Documents/Relatorio_de_Pesquisa_Governanca_Familiar_Agronegocio.pdf), sobre o “mundo agro”.

Interessante ter lido este material logo esta semana, durante um trabalho com uma família que está analisando oportunidades de retornar ao cultivo de grãos, uma vez que vários de seus clientes estão se desfazendo de suas terras, devido à falta de #sucessores interessados em dar continuidade aos negócios ou em estabelecer sociedades com seus próprios irmãos.

Esta realidade não é exclusiva do Brasil. Das vezes que estive em Iowa, um dos grandes dramas vivenciados pelas famílias produtoras naquele estado norte-americano, é exatamente o mesmo: falta de gente para dar continuidade aos negócios.

Contrasta essa percepção capturada pela pesquisa com outro dado contido neste mesmo trabalho; quando, ao serem perguntados sobre o que “fazem os olhos dos produtores brilharem”, 38% responderam que “desenvolvimento e o sucesso do negócio” e 19%, “família”.

Em nossos contatos cotidianos com as #famíliasempresárias, produtoras rurais ou não, estes são desejos compartilhados por todos, ou seja, a #perpetuidadedosnegócios com harmonia familiar. Que os #sucessores honrem o que receberam e se comprometam com fazer o negócio prosperar para as futuras gerações e para a comunidade.

Mas, como conseguir isso sem fazer um trabalho de #planejamentosucessório?

Todos os estudos e estatísticas indicam que isso seria praticamente impossível; e nossa experiência pode relatar o mesmo.

Um #planejamento leva a #famíliaempresária a fazer determinadas combinações, que trazem previsibilidade para todo o processo de sucessão e de acesso ao #patrimônio e ao dinheiro, seja com os fundadores vivos, seja em processos de inventários.

Estabelecer regras de convívio e de acesso, fixar como será o processo decisório na família e no grupo empresarial e como deve ser a exploração conjunta ou não de oportunidades e da herança em si evita disputa entre irmãos pelo poder, interferência indevida de estranhos à família, discussões improdutivas até mesmo entre as diferentes gerações.

Enfim, a fixação de regras por meio de um processo estruturado de confecção de um acordo de sócios e/ou de um protocolo de relacionamento familiar traz liberdade e segurança.

Reflita, portanto, se, de fato, não é este exatamente o momento para se pensar no planejamento da #sucessão de sua família!

Ver anos de trabalho não se transformar em um legado para seus sucessores e toda a comunidade que se forma em torno do negócio e, ao contrário, objeto de disputa motivada por dinheiro, é uma realidade muito cruel para quem se dedicou e se doou tanto!

Ronaldo Berhens

Sócio ABC / PHD. PXLeader