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Empresas familiares são uma parte fundamental do cenário empresarial global. Elas representam uma grande parcela das empresas em todo o mundo e têm um papel vital na economia local e mundial. No entanto, essas empresas enfrentam desafios únicos em comparação com outras empresas, incluindo questões familiares, #sucessão, visão de futuro, #culturaempresarial, entre outros. Para entender melhor essas questões e como elas impactam o setor empresarial, a PwC conduziu uma pesquisa global de #empresasfamiliares para 2023.

Já estamos no segundo semestre de 2023 e ainda sendo importante a análise dos resultados da pesquisa e o que eles significam para as empresas familiares.

A pesquisa da PwC foi conduzida com mais de 2.000 proprietários de empresas familiares em 82 territórios. A análise busca avaliar a adequação das abordagens adotadas pelas empresas familiares na construção da #CONFIANÇA. Nesse modelo, identificam-se 4 pilares:

  • #Competência (a empresa é boa no que faz?)
  • #motivação (a empresa serve a quais interesses?)
  • método (como a empresa atinge seus objetivos?)
  • impacto (quais resultados tangíveis a empresa entrega?).

Os resultados expõem uma disparidade entre concepções tradicionais de confiança e seu impacto nas operações das empresas familiares na atualidade. Essa discrepância sinaliza a necessidade de transformações para preservar o legado dessas empresas.

Ainda que a confiança seja passível de construção, as empresas familiares precisarão se reinventar.

Resultados da 26ª Pesquisa Anual Global com CEOs da PwC, que contou com a participação de 4.410 executivos, indicam que 39% acreditam que suas empresas serão inviáveis economicamente em uma década, caso sigam na trajetória atual, sendo essa porcentagem de 33% no Brasil. No contexto das empresas familiares, essa estimativa é inferior, situando-se em 32%.

A confiança do #consumidor é o segundo fator que mais impacta o desempenho das empresas, ficando atrás apenas de circunstâncias específicas da própria indústria.

No levantamento Global Consumer Insights Pulse Survey 2023 da PwC (https://www.pwc.com/gx/en/industries/consumer-markets/consumer-insights-survey.html), 70% dos entrevistados afirmaram que estariam dispostos a pagar mais por produtos fabricados eticamente.

Esse dado indica uma tendência crescente da valorização de práticas empresariais sob forte influência dos aspectos ESG. A ideia de uma “nova fórmula de confiança” ancorada em credenciais ESG sólidas revela a crescente importância das questões ambientais, sociais e de governança na construção dessa confiança.

O ponto de partida, claro, segue de dentro para fora. Alcançar a confiança dos funcionários é a base sólida de comprometimento e engajamento. No Brasil “50% das empresas dizem ter pouco foco em atrair e reter talentos, no mundo 36%.

Para fins de conhecimento, a Suíça lidera o ranking em #retençãodetalentos, seguido por Cingapura e Dinamarca. Brasil ocupa o 73º lugar, no índice de Competitividade Global de Talentos 2022, realizado pela escola de negócios francesa Insead (https://valor.globo.com/carreira/noticia/2022/11/03/brasil-esta-parado-na-competicao-por-talentos.ghtml).

Outro estudo conduzido pela PwC https://www.pwc.com/gx/en/issues/workforce/future-of-work-and-skills.html revela que empresas capazes de fomentar oportunidades para o desenvolvimento de #habilidades por parte de seus #colaboradores não apenas cultivam receitas mais resilientes, mas também exibem habilidade em atrair e #retertalentos. Entre os fatores que afetam a confiança do funcionário, estão o propósito e valores, compromisso com #ESG e a transparência.

Confiança da família

Os conflitos fazem parte do negócio da família, assim como a busca por soluções construtivas e a consolidação de laços duradouros entre seus membros. No entanto,

apenas 23% dos brasileiros (15% no mundo) disseram ter mecanismos de resolução de conflitos para lidar com disputas familiares. Neste ano, o percentual aumentou ligeiramente para 28% (19% no mundo). Além disso, apenas cerca de dois terços desses #líderes (62% no Brasil e 65% no mundo) dizem ter estruturas formais de governança implantadas, como acordos de acionistas, constituições e protocolos familiares e testamentos.

O diálogo é fundamental para criar um senso de coletividade e visão comum em que os valores da empresa são partilhados por todos os membros da família. Acolher diferentes pontos de vista e opiniões é uma forma de demonstrar que cada uma das partes é igualmente importante para o sucesso do negócio. Além disso, é preciso estabelecer políticas de gestão clara e transparente, respeitando-se sempre a hierarquia e os processos de tomada de decisão definidos previamente.

Nessa busca pela harmonia é imperativo estabelecer #políticasdegestão claras e transparentes, mantendo o respeito à hierarquia e aos processos decisórios. Este compromisso com a comunicação aberta e estruturada estabelece as bases para uma gestão de conflitos mais eficaz e um futuro mais promissor para as empresas familiares.

Ronaldo Behrens – Sócio ABC / PHD. PXLeader