A maioria das empresas no Brasil surgiu do sonho e trabalho de uma família. Normalmente, um pai e uma mãe, de “sol-a-sol” construíram negócios que se tornaram complexos e lucrativos e que, atualmente, contam com a participação de filhos ou outros parentes. Como lidar com os conflitos que surgem dessas relações? Como evitar que o trabalho atrapalhe o almoço de domingo?
Esta ideia de gerações convivendo em conjunto numa mesma empresa vem se tornando, felizmente, cada vez mais presente em nossos trabalhos de planejamento sucessório.
Filhos que se apaixonam pelo negócio da família, se preparam muitas vezes e iniciam sua vida profissional na empresa que seus pais construíram ao longo de vários anos.
Juntamente com a alegria de ver uma continuidade dos negócios, vem o desafio de gerenciar diferentes visões do negócio, num tênue equilíbrio entre entusiasmo e experiência. E, invariavelmente, começam a surgir os conflitos entre pais e filhos.
Ainda, não é incomum vermos irmãos que montam um negócio e depois, com a marcha natural do tempo, trazem seus filhos para trabalhar no negócio e daí surgem conflitos entre primos ou até mesmo entre irmãos, originários ou filhos do fundador.
É sempre muito triste ver um cenário no qual esse conflito torna-se insustentável e atrapalha a vida em família. É muito duro para os pais observarem filhos disputando poder ou espaço ou dinheiro. Ninguém quer ver isso acontecendo em sua família e ameaçando a prosperidade dos negócios.
Não há melhor forma de se prevenir esses problemas ou curar uma ferida já aberta do que o diálogo! Sentar à mesa e, de forma honesta, generosa e em ambiente de confiança, conversar e resolver os problemas.
Por isso, um de nossos lemas de trabalho sempre foi “o que é combinado não é caro!”; um ditado antigo e profundamente sábio para a construção de pontes para o futuro da família ao invés de muros ou abismos que matam um negócio construído com o suor dos fundadores.